Utopia pedagógica

Utopia pedagógica
Utopia pedagógica
Anonim

Utopia pedagógica é sonhar com ideais em educação muito difíceis de alcançar, mas louváveis e desejáveis. Alcançar uma educação igualitária e de qualidade para todos, baseada na formação de cidadãos nobres, solidários, cooperativos, amantes da paz, do trabalho e da democracia, são alguns desses objetivos que nos propusemos hoje como educadores, e que norteiam nosso trabalho, sabendo que sua a realização estará pela metade, essa realidade colocará limites a esse sonho, mas como um ímã, nos aproximará cada vez mais deles.

utopia pedagógica
utopia pedagógica

A utopia não deve ser uma mentira que nos afaste da realidade. Não deve ser demagogia mentirosa. Querer uma sociedade justa não deve nos impedir de ver que ainda há muito a ser feito. A inclusão social, mesmo na Argentina e em muitos países do mundo, continua sendo um anseio, apesar dos muitos esforços que têm sido feitos para que todos tenham acesso ao mundo cultural. Os números mostram mais alunos nas escolas, mas essas estatísticas não coincidem com os testes nacionais e internacionais que mostram que existem escolas para pobres e escolas para ricos.

As necessidades econômicas que afetam muitas famílias, a f alta de compromisso dos pais com a escola e da escola com a nova realidade que as crianças pobres têm de viver em uma sociedade consumista e tecnologicamente revolucionária, onde o acesso a esses recursos é extremamentelimitado. Famílias reunidas, crise de valores espirituais, filhos que crescem sem apoio familiar, seja porque seus pais devem ou querem trabalhar muito, mães muito jovens que não podem cuidar de seus filhos, f alta de diálogo e limites ao nível familiar que são transferidos para o ambiente escolar, tentar concretizar essa utopia pedagógica, que não deve ser rejeitada, mas deve estar ciente não só do que queremos alcançar, mas das armadilhas que surgem, para "sonhar realidades e não mentiras" que eles só nos trará frustração se não os alcançarmos.

Vemos muitos alunos incorporados ao sistema, mas poucos alunos que querem aprender, compromisso e responsabilidade ainda é uma questão pendente, ao nível de alunos e educadores (com honrosas exceções, que devem confirmar a regra)

É mais louvável estabelecer metas pequenas e graduais, estabelecer metas, mas também pensar nos recursos; implementar estratégias, mas também adaptá-las à realidade. Não podemos doar computadores se não treinarmos primeiro os professores ou garantirmos o acesso à Internet, se incorporarmos alunos com conteúdo prévio insuficiente sem tutoria em salas cheias de crianças. Em suma, sonhar é muito caro, se investirmos em quantidade e não em qualidade, em todos os sentidos: "mais crianças na escola, mais dias de aula", concordamos, mas para que sejam educadas, para que aprendam valores positivos, para que amem uns aos outros e seus pares, razão pela qual o bullying deve ser combatido, regras claras estabelecidas,apoiar pedagogicamente crianças com deficiências físicas, emocionais ou cognitivas, não lotar as turmas, adaptar a escola às novas tecnologias em busca de uma aprendizagem eficaz (muitas crianças e adolescentes só veem as novas ferramentas de informática como um hobby).

Vamos sonhar, mas vamos nos aproximar dos objetivos, só assim vale a pena criar utopias, quando elas nos encorajam a continuar no caminho, a chegar a resultados observáveis.

Tópico popular