
2023 Autor: Jake Johnson | [email protected]. Última modificação: 2023-05-24 23:13
Antonio Gramsci (1891-1937) foi um político e filósofo marxista italiano. Cresceu em condições de precariedade econômica, com o pai preso por peculato; e também com problemas físicos, que entre outros inconvenientes, o impediam de atingir uma altura superior a um metro e meio. Esses problemas não o impediram de ser um aluno brilhante no ensino fundamental, mas o ensino médio teve que esperar, pois ele precisava trabalhar para ajudar nas despesas da família.

Recuperou a liberdade de seu pai, posso terminar meus estudos secundários e ingressei na Universidade de Turim com uma bolsa de estudos. Já naquela época ele se sentia comprometido com as ideias socialistas, ideias que escreveu enquanto trabalhava como jornalista em plena Primeira Guerra Mundial (1916). Em 1921 tornou-se um dos fundadores do Partido Comunista na Itália, tornando-se deputado desse partido em 1924.
Suas ideias foram escritas durante a prisão a que ele foi condenado durante o fascismo. Dentre os grandes problemas sociais, uma de suas grandes preocupações era a educação, que via como burguesa, discriminatória e classista, compatível com a realidade social da época, onde a indústria dividia injustamente os homens em ricos e pobres, sem atender a nenhum critério de justiça.
Ele defendia a existência de uma educação que transforma essa realidade, para a qual o aluno tinha que pararacumular conhecimento; avaliá-los, julgá-los e criticá-los. O enciclopedismo transformou os seres humanos em robôs, autômatos impensados, incapazes de visualizar os problemas críticos do mundo em que viviam. A filosofia da práxis tinha que criar alunos que servissem para mudar e melhorar o mundo, e não reproduzir o modelo do capitalismo burguês, já que educação e política seguiram caminhos idênticos. O ser humano deve ser formado de forma integral e não apenas para responder às necessidades do trabalho industrial, pois todo ser humano tem capacidade para ser intelectual e não apenas alguns.
Até a puberdade, a educação escolar deve estabelecer regras suficientemente rígidas, com alunos ativos que aprendem os conteúdos básicos; e depois tentar estimular a liberdade, a autodisciplina e a criatividade. Todas as escolas devem unir a teoria com a prática, portanto não deve haver escolas especificamente técnicas, nem outras puramente teóricas.
Essas ideias são semelhantes às da pedagogia da libertação exposta pelo pedagogo brasileiro Paulo Freire (1921-1997).